As doutrinas da graça e o contrassenso dos novos calvinistas.


             Nenhuma verdade bíblica é mera compreensão intelectual, a teologia sempre foi  e continua a ser estudada de forma a levar os cristão à uma atitude santa em relação a Deus.
         O conhecimento das doutrinas da graça, por exemplo com o entendimento de quem éramos e da impossibilidade de chegar até Deus por nós mesmos nos leva a ter uma atitude tanto de gratidão a Deus por sua eleição, quanto de humildade quanto para com o outros, pois se é sabido que em nada há mérito algum nosso, contudo o calvinismo por oferecer um raciocínio lógico bíblico consistente levam muitos meninos ao oposto: à arrogância, o escárnio, a chacota, atitudes que contrariam todo ensino soteriológico bíblico, agem como se tivessem chegado à compreensão por mérito próprio e não por graça, provavelmente você já conheceu alguns destes.

              Entenda, eu não quero com isso desmotivar o estudo bíblico de quem quer que seja, nem falar como alguém que não passou por uma fase como essa, mas alertar que a maturidade vai fazer você se arrepender de muita coisa dita no afã de ser o Lutero ou o Calvino desta geração.
              
                 Dito isto, gostaria de deixar alguns ponto para reflexão.

1.      Arrogância não é resultado de muito estudo ortodoxo, acredite é sinônimo de pouco, a verdadeira ortodoxia sempre nos leva a humildade.
2.      Arrogância dificilmente leva alguém a mudar de opinião, você só deixará as pessoas mais inflamadas a defenderem sua posição.
3.      Jesus era manso com as ovelhas e duro com os lobos. Nunca inverta esta ordem.
4.      Ore por aqueles que não concordam com este ensino. Você entendeu por graça com eles não será diferente.

Por fim, humildade talvez seja o nosso maior desafio nesta terra, mas sempre lembre-se da Cruz, se Deus é humilde quem somos nós para não sermos.

Resenha do livro Cinco pontos – John Piper (Parte 1)



O plano de salvação de Deus é uma obra grandiosa e quão maravilhosa é a sua graça, mas infelizmente não só hoje mas durante a história da igreja doutrinas arminianas tem diminuído o valor de tão grande salvação, descentralizando Deus da história e colocando o homem como co-participante de uma obra que não pode ser feita por ele. O Senhor é o autor de consumador da nossa fé e isso precisa ser firmado nos nossos corações para que a beleza dessa obra possa ser contemplada todos os dias de forma que os nossos corações se encham de humildade, gratidão, segurança e paixão por missões.
Neste livro John Piper resumiu os 5 pontos que tratam das doutrinas da graça de forma muito sucinta e de fácil compreensão, é um livro ideal para aqueles que não serão teólogos mas querem entender desse assunto tão importante da vida cristã.

Parte 1: Raízes históricas e Depravação Total


Capítulo um: Raízes Históricas

Neste capítulo Piper resume o calvinismo na história, falando da influência de João Calvino, com seus comentários e suas Institutas da Religião cristã, tanto na teologia da sua época como nos dias de Hoje, ele e Martinho Lutero foram os dois grandes proponentes da Reforma protestante no seu tempo. Ele conta também sobre o início da controvérsia entre o calvinismo e o arminianismo que se deu na Holanda, no início dos anos 1600.
Armínio estudou em Genebra mas gradualmente recusou alguns ensinos calvinistas e o seu ensino se espalhou e então os arminianos formularam seu credo em Cinco Artigos.
A resposta oficial calvinista veio do Sínodo de Dort em 13 de novembro de 1918 e ficou conhecido como os Cânones de Dort afirmando assim os Cinco Pontos do calvinismo em resposta aos cinco artigos dos remonstrantes arminianos.
Esses cinco pontos não são insignificantes - explica o autor, pois estão no âmago da teologia bíblica.
Em algum momento da história os cinco pontos foram resumidos, em inglês, no acrônico TULIP.
Este acróstico não exaurem obviamente as riquezas da teologia reformada, e também sua nomenclatura vem sofrendo algumas melhorias ao longo dos anos, alguns até não utilizam do acrônico apesar de crerem no seu ensino.
No entanto Piper mesmo enfatiza que não tem nenhum interesse especial no próprio João Calvino e pensa até que algumas das coisas que ele ensinou são erradas. Mas que, em geral está disposto a ser chamado de calvinista dos Cinco Pontos pois acha que é a posição calvinista é fiel as escrituras.
O autor também afirma que o grande desejo dele com este livro é aprofundar nossa experiência na graça de Deus e honrá-lo.



Capítulo dois: Depravação Total


Piper inicia a explicação do primeiro ponto do calvinismo explicando que a depravação do homem denota a sua condição natural, sem qualquer graça exercida por Deus para restringi-lo e transformá-lo.
Ele esclarece que a totalidade dessa depravação não é, evidentemente, que o homem faz tanto mal quanto deveria fazer, mas que até sua “virtude” é má aos olhos de Deus pois “tudo que não provém da fé é pecado” Rm 14:23.

O autor enfatiza que a nossa depravação é total em pelo menos 4 pontos:


      1- Nossa rebelião contra Deus é total.

Ele argumenta que sem a graça de Deus, não há nenhuma prazer na graça de Deus e nenhuma submissão prazerosa à sua autoridade soberana.

Que mesmo que os homens sejam religiosos, e eles são muitas vezes, se não procede de um coração confiante, como de criança, na graça gratuita de Deus é rebelião.

A totalidade da nossa rebelião é vista em Rm 3: 9-11 e 18 segundo Piper, e toda busca que honra a Deus é um dom de Deus. Não se deve a nossa bondade natural. É uma ilustração do ato de Deus em vencer misericordiosamente a nossa resistência natural contra ele.

2 – Em sua rebelião total tudo que o homem faz é pecado.

Aqui ele reitera o que argumentou no início de que todo ato sem Deus é pecaminoso, pois tudo que faz é fruto do seu estado de rebelião e não pode ser uma honra para Deus.

Em Rm 7:18, Paulo diz “Eu sei que em mim, isto é na minha carne, não habita bem nenhum” Piper enfatiza que essa é uma confissão radical de que em nossa rebelião, não podemos pensar ou sentir nada que seja bom pois “carne” aqui se refere ao homem em seu estado natural sem a obra do Espírito de Deus.

Ele também explica que apesar de a palavra bem ter uma variação de significados os atos aparentemente bons dos incrédulos não são realmente bons do ponto de vista de Deus pois não visam a glória de Deus (1 Cor 10:31)
  
3-   A incapacidade do homem para submeter-se a Deus e fazer o bem é total

Neste ponto Piper afirma que a mente da carne (ou “pendor da carne”) é inimizade contra Deus (Rm 8:7-8), ou seja o homem natural tem uma mentalidade que não se submete e nem pode se submeter, a Deus. O homem não pode reformar a si mesmo, o autor também reforça seu argumento em Ef 2:1 explicando que nós estávamos mortos nos nossos delitos e pecados.


4 – Esta rebelião é totalmente merecedora de punição eterna

Neste ponto o alerta se dá no fato da realidade de que o inferno é uma acusação clara de Deus sobre a infinitude de nossa culpa. Se a nossa corrupção não merecesse uma punição eterna, Deus seria injusta em ameaçar-nos com uma punição tão severa quanto o tormento eterno. Por isso temos que pensar em nós mesmos como totalmente dignos de culpa quando estamos sem a graça salvadora de Deus.

Piper resume que a depravação total significa que nossa rebelião contra Deus é total; tudo que fazemos nessa rebelião é pecaminoso; nossa incapacidade de submeter-nos a Deus é total, e somos, portanto, merecedores de punição eterna. Se não enxergarmos isso nossa compreensão da obra de redenção será deficiente.

O autor termina esse capítulo esclarecendo que o alvo do livro não é deprimir, nem desencorajar nem paralisar pois conhecer a seriedade de nossa doença nos tornará ainda mais admirados com a grandeza do nosso médico. A maneira como adoramos a Deus e a maneira como tratamos as outras pessoas, em especial nossos inimigos, são profunda e admiravelmente afetadas por conhecermos nossa depravação.





Quem é o homem?


Salmo 1

Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, 
nem se detém no caminho dos pecadores, 
nem se assenta na roda dos escarnecedores.
 Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, 
e na sua lei medita de dia e de noite.
 Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, 
a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, 
e tudo quanto fizer prosperará. 
Não são assim os ímpios; mas são como a moinha que o vento espalha.
Por isso os ímpios não subsistirão no juízo,
nem os pecadores na congregação dos justos.
Porque o Senhor conhece o caminho dos justos; 
porém o caminho dos ímpios perecerá.












Quem é o homem que não anda no conselho dos ímpios? 
Quantas vezes ouvimos mais as pessoas do que a palavra de Deus, quantas vezes nos importamos mais com que as pessoas pensam do que o Criador? Será que esse homem a quem o salmista sou eu ou você?

Quem é o homem que quando está com pecadores é o influenciador e não o influenciado?
Quantas vezes não nos perdemos no meio de uma roda de incrédulos e a luz que deveríamos ser simplesmente se apaga? Ou quantdo, pior do que sentarmos na roda dos escarnecedores, criamos a nossa própria rodinha de escárnio com outros crentes pra maldizer outros irmãos?

Quem o homem que tem o seu prazer na lei do Senhor e na Sua lei medita dia e noite?
Na nossa rotina tão ocupada, com trabalho, faculdade, amigos, diversão e as vezes até mesmo serviços da igreja, será que sobra tempo pra meditar? E mesmo que sobre nós fazemos isso dia e noite? Será que esse salmo fala de mim ou de você? 

Quem é o homem que é como uma árvore plantada junto a um ribeiro de águas, que dá seu fruto no tempo certo, e que sua folhagem nunca mas nunca mesmo murcha?
Uma coisa que nos define é a inconstância. Nós nos desesperamos com as tempestades da vida, nos abalamos com as críticas, deixamos facilmente que circunstâncias  tirem a nossa alegria. É possível ser uma folha que nunca murcha?

Quem é o homem que tudo quanto faz é bem sucedido? Eu? Você?
Se em todas as perguntas nós ainda tentarmos nos encaixar nas repostas, nessa com certeza não é possível. Quem dera tudo saísse como planejássemos, todos os nossos objetivos fossem alcançados e nós nunca sentíssemos a dor da frustração.

Por isso o Salmo 1 é um salmo de desespero, afinal, a parte que define melhor a nossa realidade é a posterior.

Nós somos os ímpios.
Nós somos como a palha que o vento dispersa.
Pelos nossos próprios meios nós nunca prevaleceremos no juízo!
Nós somos pecadores, jamais prevaleceríamos na congregação dos justos!

Esse é o grande dilema humano, somos incapazes de sermos perfeitos aos olhos de Deus por nossos próprios métodos, sozinhos somos palha, sozinhos estamos condenados.

Mas, existe um homem bem aventurado que corresponde perfeitamente a justiça exigida na primeira parte do salmo, e a solução pro dilema humano é conhecê-Lo, confiar-Lhe a vida e amá-lo de todo coração.
Jesus é o bem aventurado, o salvador perfeito, que tudo quanto fez e faz é bem sucedido.
Quando entendemos isso, encontramos esperança neste salmo de desespero, deixamos de confiar na nossa própria capacidade e a nossa fé no Perfeito nos torna perfeitos mesmo com toda nossa imperfeição.

A nossa fé nos é atribuída como justiça!

Ninguém despreze a tua mocidade

 “Ninguém despreza a tua mocidade; pelo contrário, torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza.” 1 Tm 4:12

Deus criou o mundo rico em diversidade, várias espécies de animais, paisagens diferentes ao redor do mundo, até quando cai uma nevasca nenhum floco de neve é igual ao outro. Esta diversidade também se manifesta nas nossas vidas, recebemos dons diferentes, uns cantam bem, outros falam bem, outros são esportistas, outros intelectuais, uns são mais sentimentais, outros mais racionais. Todos nós possuímos algo que outra pessoa não possui, porém existem características que Deus espera de todos nós, sem exceção. Mesmo dentro de toda a diversidade a qual Deus nos sujeitou, nós temos um padrão de fidelidade a Deus.
Paulo, inspirado por Deus, nos fala deste padrão neste verso, que não se aplica só aos jovens, mas a qualquer que queira agradar a Deus.
Timóteo era um jovem que havia sido deixado por Paulo para cuidar da igreja em Éfeso. Na verdade, ele devia ter em torno de 30 anos, portanto, para nós ele não seria tão novo, mas para o padrão da época ele ainda era considerado jovem. Foi posto a Timóteo um grande desafio, e dentro desse desafio estava incluso não deixar ser desprezado pelo fato de ser jovem.
E esse era o primeiro conselho de Paulo: Não deixe que te desprezem por você ser jovem!
É absolutamente normal que as pessoas hoje em dia tenham desconfiança com os mais novos, afinal, eles têm falta de experiência, conhecimento de mundo, possuem acesso a muita informação, mas não têm tanta sabedoria, então, é comum que as pessoas tenham esse preconceito para com os mais novos e é essa a barreira que Timóteo tem que ultrapassar. Perceba que Paulo não fala aos outros, fala a Timóteo, ou seja, não são as pessoas que devem parar espontaneamente de desprezar Timóteo, mas ele precisa mostrar que não deve ser desprezado por ser Jovem. Com isso, aprendemos que precisamos nos vitimizar menos e olhar mais pra nós mesmos para crescermos em maturidade e para que isso seja percebido em nós pelos outros.
Mas como você fará isso? Como se ganha o respeito das pessoas? Como se vence a barreira dessa desconfiança?
Justamente seguindo o padrão dos fiéis que Paulo fala.
Devemos ser um modelo, nos tornar uma referência para outros, devemos ser luz nesse mundo, um bom exemplo a ser seguido, devemos um modelo de crentes fiéis.
E nesse verso Paulo menciona 5 áreas principais nas quais devemos ser esse exemplo.


E a primeira área é na palavra (maneira de falar).

Jesus disse que a nossa boca fala do que está cheio o nosso coração, e que nós prestaremos conta de toda palavra frívola saída da nossa boca. Se isso é verdade, e de fato é, do que nós temos alimentado a nossa mente? Nosso coração está cheio da palavra? A palavra de Deus é a revelação do Senhor para as nossas vidas, o nosso coração está preenchido dessa revelação? Deus tem se manifestado na nossa maneira de falar?
Nós precisamos ter o coração cheio da palavra para que a nossa boca seja um canal de edificação aos outros. Se quisermos, realmente, ser um padrão dos fiéis, precisamos saber dar razão à nossa fé para incrédulos, consolar os abatidos, exortar aqueles que precisam de exortação, entretanto, isso só será possível gastando tempo com a palavra do Senhor para que de fato manejemos bem a palavra da verdade. Quem lê e estuda a palavra tem o que dizer e esse é um dever de todos nós. Existe um jargão muito falacioso que diz que “a palavra tem poder”, mas a nossa palavra não tem poder algum, a palavra de Deus sim, ela consola, ensina, corrige, levanta o abatido, salva o pecador. O mundo foi criado através da palavra de Deus, a palavra Dele tem poder, a nossa não, por isso precisamos nos deter na palavra para que o nosso falar esteja permeado com verdade e isso é ser padrão dos fiéis na palavra.

Outras duas considerações importantes sobre o nosso falar:

Nosso linguajar não pode ser mentiroso. (Ef. 4:25)
A verdade, muitas vezes, é difícil de dizer, mas sempre será o certo a se fazer. Muitos relacionamentos são destruídos porque são baseados na mentira, amizades se desfazem, casamentos se destroem, famílias se decepcionam. O diabo é o pai da mentira, se a verdade dói, uma mentira descoberta causa mais dor ainda. Se quisermos agradar a Deus e ser padrão dos fiéis na palavra, precisamos sempre falar a verdade.

Nosso linguajar não pode ser torpe. (Ef 4:29)
Não podemos nos conformar com a linguagem obscena deste mundo, no mundo a sujeira na fala está por todos os lados, nas músicas, nos filmes, nas piadas e na internet de forma bem expressiva.
Parece que o "ser legal" de hoje é ter palavrão no vocabulário. Não há mais pudor, nem modéstia, todavia, precisamos lembrar que não é o mundo quem dita padrão da nossa fala, mas sim o Senhor nosso Deus.



No Procedimento...

Outro ponto é que não podemos ser cristãos somente "de fala". Podemos até falar muito bem, mas a nossa vida pode não corresponder com o que falamos. Se quisermos ter crédito naquilo que dissemos, nós não podemos contradizer as nossas palavras com as nossas atitudes, não adianta falar bem de amor se não se ama, não adianta sempre falar de paz e ser alguém violento, muitas pessoas nunca nos ouvirão falar, elas só verão as nossas atitudes e, muitas vezes, as nossas atitudes gritam mais alto do que as nossas palavras. Se quisermos ser padrão dos fiéis, devemos fugir da hipocrisia, da contradição entre palavra e atitudes, não adianta querer parecer santo com as palavras sem ser santo nas atitudes, por isso, somos chamados para ser santos em todo nosso procedimento.
1 Pedro 1:15-16 diz: “Pelo contrário segundo é santo Aquele que vos chamou tornai-vos santos também vós mesmos em todo vosso procedimento, 16- Porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.


No amor....

O amor é o maior de todos os dons, ele o dom supremo, a bíblia diz que “aquele que não ama, não conhece a Deus, porque Deus é amor.” Como já disse A.W. Tozer:

“A prova pela qual toda conduta será finalmente julgada é o motivo. Como a água não pode subir mais alto do que o nível, assim a qualidade moral de um ato nunca pode ser mais elevada do que o motivo que inspira. Por esta razão, nenhum ato procedente de um motivo mau pode ser bom, ainda que algum bem pareça resultar dele. Toda a ação praticada por ira ou despeito, por exemplo, ver-se-á, afinal, que foi praticada a favor do inimigo e contra o reino de Deus”¹

1 Cor 13:3 diz “E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que eu entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará.”

Esse é um texto muito bonito sobre amor que é lido inclusive em muitos casamentos, mas, às vezes, esquecemos de atentar para a profundidade do seu ensino.
Diante de Deus não basta nossas palavras serem bonitas, nossas atitudes serem corretas, se aquilo que nos motiva não é legítimo. Deus não vê como o homem vê. Você pode ajudar muitas pessoas, mas o que motiva você pode ser, simplesmente, sua auto promoção, no fim você pode estar mais preocupado em parecer bom do que em ser bom, Deus vê o nosso íntimo e não adianta fazer o bem se a nossa motivação é errada.
Vamos pensar no texto bíblico: Se você pegasse todos os seu bens, todas as suas riquezas, tudo aquilo pelo qual você tanto trabalhou e distribuísse entre os pobres, provavelmente, irá sair uma reportagem no fantástico sobre você e muita gente vai aplaudir e admirar o seu ato, mas se sua motivação não for correta, ou seja, se não houver amor, para Deus de nada vale.
Da mesma forma, se você entregasse seu corpo para ser queimado como um mártir, é possível que os livros de história estudem sobre você, ou muitas pessoas o conhecerão e te terão como herói, porém, diante de Deus, se não houver amor, de nada adiantará.²
Não bastam só palavras e atitudes, se não houver amor, de nada adiantará.   

Na fé...

"Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem." Hebreus 11:1
A bíblia também diz que sem fé é impossível agradar a Deus.
Ser um homem ou uma mulher de fé sempre será algo desafiador, sempre haverá circunstâncias que tentarão abalar a nossa fé, sempre haverá pessoas que tentarão nos seduzir a não crer no nosso Deus, mas sempre devemos confiar em Deus pois Ele nunca falhou e nunca falhará nas suas promessas. No barco da vida nós nos assustamos com as tempestades e somos tentados a esquecer que mesmo em meio a tempestade o Jesus que caminha sobre as águas permanece sempre o mesmo, e águas que tanto nos assustam estão debaixo dos pés. Se estamos com Ele não temos motivos pra temer, não temos motivos pra nos desesperar, se estamos com Ele, temos tudo que precisamos, independentemente do destino que a tempestade nos leve, Ele permanece o Senhor dos mares que fala e elas O obedecem, precisamos crescer dia a dia em fé e esse crescimento vem pela palavra. Spurgeon dizia “Estuda a palavra para que a tua fé não esteja fundada em sabedoria dos homens mas no poder de Deus”. Se quisermos ser padrão dos fiéis, precisamos ser homens e mulheres de fé.

Na Pureza...

Talvez hoje em dia, o maior de todos os desafios pra um jovem seja se manter puro no relacionamento, na mente, no coração. Em várias áreas da nossa vida somos afetados com o mundanismo, o mundo não vê o sexo como o cristão vê, o mundo não enxerga o namoro como o cristão deve enxergar, o mundo está carregado de sensualidade por toda a parte e a bíblia diz que, se os nossos olhos forem maus, isso afetará todo nosso corpo, por isso precisamos ser vigilantes o tempo todo e não nos conformarmos com este mundo. Somos diferentes, pensamos diferentes, agimos diferentes e temos motivações diferentes, o mundo não deve achar lugar no nosso coração. Nossos pensamentos e sentimentos devem estar cheios de Deus, pois Deus é puro, Deus é santo. E devemos ser como Ele. Nosso padrão é Deus e se queremos ser padrão dos fiéis devemos ser como Ele, não para a nosso glória mas para a glória Dele, pois Ele é digno.



1 http://www.luz.eti.br/cr_absolutaimportancia.html.
2 Parágrafo baseado no vídeo de Yago Martins "Porque você faz o que você faz?".

FIXE OS OLHOS EM JESUS





Uma igreja pode ter boas programações, pessoas interessantes, um ambiente amável, mas isso não pode ser um fator determinante pra você permanecer na fé, ainda que tudo isso seja muito importante não é isso que vai fazer você permanecer na corrida da vida cristã.
Só os nossos olhos fixos em Cristo nos manterão perseverantes, as pessoas são falhas e inconstantes, o mundo tem festas muito mais badaladas que as nossas e o ambiente pode facilmente se corromper e se tornar dificultoso, se mantivermos nossos olhos nisso caímos e não perseveramos, não vamos até o fim, não completamos a carreira.
Porém em Cristo não há mudança, em Cristo há segurança, Ele é o mesmo ontem e sempre, quando fitamos os olhos Nele, nem a maior decepção, nem a programação mais tediosa, nem o ambiente mais hostil pode abalar a nossa fé, quando estamos Nele temos força pra deixar de lado o pecado que tão de perto assedia e completar a carreira que nos está proposta. Jesus é o autor e consumador da nossa fé, o exemplo supremo, a fonte de toda de perseverança, e o que dirá "bem vindo!" na cidade celestial quando toda essa corrida tiver terminado.

"corramos com perseverança a corrida que nos é proposta,
tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa fé. Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus.
Pensem bem naquele que suportou tal oposição dos pecadores contra si mesmo, para que vocês não se cansem nem se desanimem"
Hebreus 12:1-3

Como encontrar forças na força do Senhor – Por John Piper



Como você realiza uma tarefa na força de outra pessoa? Como você exerce sua vontade de fazer alguma coisa de tal forma que você está confiando na vontade de outra pessoa de fazê-la acontecer?


Aqui estão algumas passagens que levantarão esta questão em nós:
• Mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis. (Romanos 8:13). Então temos que causar a morte do pecado. Mas nós fazemos isso pela força do Espírito. Como?
• Assim também operai a vossa salvação com temor e tremor; Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade. (Filipenses 2:12-13). Estamos a trabalhar. Mas tanto o querer quanto o realizar é vontade de Deus e trabalho de Deus.
• Antes trabalhei muito mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus, que está comigo. (1 Coríntios 15:10) Paulo trabalhou duro, mas esse seu esforço de alguma forma não era um esforço seu. Como ele fez isso?
• E para isto também trabalho, combatendo segundo a sua eficácia, que opera em mim poderosamente. (Colossenses 1:29) Nós labutamos. Nós lutamos. Nós gastamos forças e energias. Mas existe uma maneira de fazer de modo que é a energia de Deus e a obra de Deus.
• Se alguém serve, faça-o com a força que Deus provê. (1 Pedro 4:11); Nós servimos. Mas utilizamos de força. Mas existe uma maneira na qual o nosso serviço é o efeito do poder da graça de Deus. Qual é esta maneira?

Introdução
Em 1983 eu dei minha resposta em um sermão, e até hoje eu não tenho sido capaz de estas cinco etapas resumidas na sigla: AOCAG
Em 1984, J.I Paker publicou Keep in the steps with Spirit (Mantenha a sintonia com o Espírito), e deu os mesmos passos nas páginas 125-126. Ele chamou de "Ensino da santidade Agostiniana”. ele chama de "intensa atividade", mas esta atividade "não é de modo algum auto-suficiente em espírito." Em vez disso, ele diz: "Segue-se esta seqüência de quatro estágios:"

Em primeiro lugar, como alguém que quer fazer todo o bem possível, você observa que tarefas, oportunidades e responsabilidades estão à sua frente. Segundo, você ora pedindo ajuda por isso, reconhecendo que, sem Cristo, você não pode fazer nada- nada frutífero (Jo 15, 5). Em terceiro lugar, você vai trabalhar com uma boa vontade e um coração elevado, com a expectativa de ser ajudado como você pediu para ser. Em quarto lugar, você agradece a Deus pela ajuda dada, pede perdão por seus próprios fracassos no caminho, e pede mais ajuda para a próxima tarefa. Santidade agostiniana é a santidade de trabalho duro, baseado em repetições intermináveis desta sequência.
Minhas cinco etapas omitem o primeiro ("observa quais são as tarefas na frente de você"). Eu divido a sua segunda etapa em duas: A. Admita (sua palavra "reconhecer") que você não pode fazer nada. O. Ore pedindo ajuda de Deus para a tarefa em mãos. Então eu quebro a sua terceira etapa em dois. Ele diz "espere para obter a ajuda que você pediu." Então, com essa expectativa ", ir para o trabalho com uma boa vontade." Eu digo, C. A confiança na promessa específica de Deus. Então, nesta confiança, Aja(A). Por fim, ambos dizemos, G. Graças a Deus pela ajuda recebida. (AOCAG)

1. Admitir
2. Orar
3. Confiar
4. Agir
5. Gratidão

Confiança nas promessas de Deus

Eu penso que o meio C é muito importante. Confie em uma promessa. Este é o passo que eu penso estar faltando na maioria dos cristão que tentam viver a sua vida cristã. Este é, sem dúvida, meu erro mais comum.
Muitos de nós enfrentamos uma tarefa difícil e lembramos de dizer: “Ajuda-me, Deus. Eu preciso de Ti. E então vamos direto do O para o A, Oramos e depois agimos, mas isso nos rouba um passo muito poderoso.
Após orarmos pela ajuda de Deus, devemos nos lembrar de uma promessa específica que Deus fez. E fixar nossas mentes nela. E pôr a nossa fé nela. E dizer “Deus, eu confio em Ti, me ajude na minha incredulidade, aumenta minha fé nesta promessa, Senhor, aqui vou eu.” e Então aja!
Paulo diz que nós “andamos pela fé”(2Cor 5:7) e “vivemos pela fé (Gal 2:20). Mas para muitos de nós isso ainda permanece vago. De hora em hora, como vamos fazer isso? Fazemos isso nos lembrando de promessas específicas e concretas que Deus fez e Jesus comprou com seu sangue (2 Cor 1:20) Então nós somente oramos por ajuda de hora em hora, nós confiamos nesta promessa específica de hora em hora.
Quando Pedro diz: “Se alguém serve, faça-o com a força que Deus provê” Nós fazemos isso não somente orando pela providência de Deus, mas confiando na promessa da provisão de Deus em situações específicas. Paulo diz que Deus “lhes dá o seu Espírito e opera milagres entre vocês, realiza essas coisas pela prática da lei ou pela fé” (Gal 3:5), Ou seja, nós ouvimos uma promessa e acreditamos nela para uma necessidade particular, e o Espírito Santo vem e nos através de nossa confiança na promessa.
10 promessas para memorizar
Então aqui está minha sugestão para como fazer isso. Memorize algumas promessas que são tão universalmente aplicáveis que irá atendê-lo em quase todas as situações onde você tem uma tarefa a ser feita "com a força que Deus concede”. Então quando essas tarefas vierem, admita que, por si só, você não pode fazê-las. Em seguida, atente para uma de suas promessas memorizadas, e confie nela, coloque sua fé nela. Então aja- crendo que Deus está agindo na sua ação. Finalmente, quando estiver concluído, agradeça à Ele.

Aqui estão algumas promessas pra ajudar você a começar. Dessas tem uma que tenho usado com mais frequência. Isaías 41:10

1) Por isso não tema, pois estou com você; não tenha medo, pois sou o seu Deus. Eu o fortalecerei e o ajudarei; Eu o segurarei com a minha mão direita vitoriosa.
Isaías 41:10

2) O meu Deus suprirá todas as necessidades de vocês, de acordo com as suas gloriosas riquezas em Cristo Jesus.
Filipenses 4:19

3) E Deus é poderoso para fazer que lhes seja acrescentada toda a graça, para que em todas as coisas, em todo o tempo, tendo tudo o que é necessário, vocês transbordem em toda boa obra.
2 Coríntios 9:8

4) Conservem-se livres do amor ao dinheiro e contentem-se com o que vocês têm, porque Deus mesmo disse: "Nunca o deixarei, nunca o abandonarei". Podemos, pois, dizer com confiança: "O Senhor é o meu ajudador, não temerei. O que me fazer os homens? "
Hebreus 13:5-6

5) O Senhor Deus é sol e escudo; o Senhor concede favor e honra; não recusa nenhum bem aos que vivem com integridade.
Salmos 84:11

6) Aquele que não poupou a seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos dará juntamente com ele, e de graça, todas as coisas?
Romanos 8:32

7) Sei que a bondade e a fidelidade me acompanharão todos os dias da minha vida, e voltarei à casa do Senhor enquanto eu viver.

Salmos 23:6
8) Portanto, submetam-se a Deus. Resistam ao diabo, e ele fugirá de vocês.
Tiago 4:7

9) Mas ele me disse: "Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza".
2 Coríntios 12:9

10) E clame a mim no dia da angústia; eu o livrarei, e você me honrará. "
Salmos 50:15

Nunca deixe de refletir sobre as palavras de Paulo: "Estou crucificado com Cristo. Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim. E a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim "(Gálatas 2:20). Não eu. No entanto, eu. Pela fé.

Site: Desiring God; 
Tradução: Wesley Bruno